O site Geopolitical Guy divulgou recentemente um levantamento sobre a porcentagem de água doce disponível em diversos países do mundo. Enquanto México e Japão detêm apenas 1% do total global cada, o Brasil lidera o ranking com impressionantes 13,2%, antecedido pela Rússia, com 10,1%. Outros países com participação modesta, na casa de 1%, incluem Filipinas (1,1%), Austrália (1,2%), entre outros.
No entanto, essa abundância de água in natura contrasta fortemente com a realidade da água potável, tanto no Brasil quanto no mundo. Segundo o Relatório do Programa Conjunto de Monitoramento para Progresso na Água Potável, Saneamento e Higiene (2000–2017), uma em cada três pessoas no mundo não tem acesso à água potável. O dado é alarmante, principalmente porque a água está no centro do desenvolvimento sustentável e de suas três dimensões: ambiental, econômica e social. Por isso, garantir o acesso universal à água potável e segura é o sexto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com meta para ser alcançada até 2030.
Atualmente, estima-se que cerca de 40% da população mundial não tenha acesso seguro à água potável. A situação é ainda mais crítica quando se trata de infraestrutura de saneamento: mais da metade da população global vive sem serviços adequados de tratamento de esgoto e abastecimento. São cerca de 2,2 bilhões de pessoas sem acesso à água potável e 4,2 bilhões sem saneamento básico eficiente — números que escancaram a urgência do problema e a necessidade de ação imediata.
Metas da ONU
Se os países membros das Nações Unidas conseguirem cumprir as metas propostas pelo ODS 6 da ONU – Água Potável e Saneamento, também darão um
grande passo para a promoção da Saúde e do Bem-estar da população mundial. Confira quais são as metas até 2030:
- Alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos.
- Alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade.
- Melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente.
- Aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água.
- Implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado.
- Proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.
- Ampliar a cooperação internacional e o apoio à capacitação para os países em desenvolvimento em atividades e programas relacionados à água e saneamento, incluindo a coleta de água, a dessalinização, a eficiência no uso da água, o tratamento de efluentes, a reciclagem e as tecnologias de reuso.
- Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a gestão da água e do saneamento.
Fontes: Geopolitical Guy e Espaço do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais.