Corsan adota práticas que garantem ciclo sustentável do saneamento

Água de reuso e aproveitamento do lodo das estações de tratamento de esgoto estão entre as soluções ambientais

Dados divulgados neste ano pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) indicam que a adoção de práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG) por empresas brasileiras cresceu em 2023.

Os principais motivadores para 78% das empresas são os compromissos ambientais e sociais, enquanto 77% querem melhorar a imagem corporativa. O levantamento ainda aponta que a maioria do mercado brasileiro está integrada a ações sustentáveis ligadas aos próprios negócios.

Um exemplo é o da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que vem implementando diversas iniciativas, muitas delas em relação à gestão correta de resíduos. A diretora-presidente da Companhia, Samanta Takimi, reforça que, em cada município em que a empresa atua, o foco é promover mais saúde às pessoas, com olhar voltado também à recuperação e preservação do meio ambiente.

– Cada vez mais, trabalhamos para ampliar a adoção de práticas com esse conceito, completando, dessa forma, o ciclo sustentável do saneamento – pontua.

Uma delas está relacionada ao aproveitamento do lodo gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Ao todo, são geradas em torno de 600 toneladas por mês e todo o volume deste material é reaproveitado em compostagem orgânica voltada à agricultura familiar.

– Isso reforça nossos esforços para reduzir a utilização dos aterros sanitários como destino final do lodo – reforça.

Em projeto que a Corsan está desenvolvendo, o resíduo gerado em dezenas estações de tratamento de água e esgoto administradas pela Companhia, poderá ser transformado em combustível renovável para o abastecimento de veículos da frota da empresa e em energia limpa. Desta forma, a Corsan reduzirá, ainda mais, a emissão de resíduos que causam impactos negativos ao meio ambiente, contribuindo com a preservação dos recursos naturais.

Outra iniciativa é o reaproveitamento de água não potável, também oriunda do processo das ETEs. Utilizada para atividades secundárias, essa água serve para a limpeza de espaços públicos, serviços de limpeza e de desobstrução de tubulações das redes de esgoto e manutenção da rede de esgoto sanitário.

– Por dia, são cerca de 31 mil litros de água de reuso e economia de 930 litros de água potável ao mês – ressalta.

Mais uma prática a ser referida foi a reunião de 40 toneladas de resíduos sólidos para descarte de unidades da empresa no Litoral do Rio Grande do Sul. O objetivo é evitar prejuízos à saúde pública e ao meio ambiente, incluindo o risco de contaminação do lençol freático.

No total, foram retirados 13 veículos, três caminhões, um trator e 24 toneladas de metais ferrosos em Tramandaí, Imbé, Cidreira, Balneário Pinhal, Atlântida Sul, Xangri-lá e Santo Antônio da Patrulha. O descarte incluiu ainda 1,2 tonelada de embalagens plásticas e restos de obras.

– A gestão e destinação mais sustentável de resíduos é fundamental para a manutenção do ecossistema – complementa Samanta.

Atuação no RS

Atualmente, a Corsan atua em 317 municípios, atendendo cerca de 6,5 milhões de gaúchos, pouco mais da metade da população do Estado. Desde julho do ano passado, a Aegea Saneamento assumiu oficialmente a operação da companhia.

Até 2033, a proposta é investir R$ 15 bilhões para a operação e qualificação da infraestrutura de abastecimento de água e expansão do sistema de esgotamento sanitário. Este é o prazo estabelecido para a universalização dos serviços de saneamento no Brasil.

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